Registro da Oficina de Ciências - Saberes Populares - 23/06/2012

     No início da Oficina tivemos um esclarecimento sobre o significado de tecnologia que abrange toda técnica, conhecimento, prática que melhora algo e não somente, como erroneamente é usado atualmente, se referindo somente a aparelhos eletrônicos.

     Em  seguida tivemos alguns exemplos de saberes populares coletados como fazer a vagem retornar à cor verdinha usando a escaldando com água gelada (vou adotar), cozinhar no vapor com a tampa da panela usando um pano de prato (também vou adotar, já que as panelas de cozinhar a vapor estão muito caras ultimamente).

     Houve um diálogo sobre o resgate dos saberes populares, plantas medicinais. Discutimos sobre a Escola que geralmente aborda estes saberes somente do ponto de vista científico.

     Tivemos alguns exemplos de saberes populares:

    Vânia deu destaque a seu município Manhumirim na época do auge da estrada de ferro, com mais de 100 fábricas e hoje, com a estrada desativada, a economia gira somente em torno da produção de café.

     Nair comentou sobre o depoimento de sua avó que usava como contraceptivo água de cinza após as relações (teve 10 filhos assim) e também, o que eu achei muito interessante, o uso de folha de mamão para tirar mancha na roupa.

     Maria Luísa abordou o saber, a técnica agrícola passada de geração em geração, especialmente no cultivo de arroz.

     Adriana contribuiu resgatando a alimentação saudável do passado, ex: café com mandioca, adoro!

     Eu, Sandra, relatei sobre a medicina popular, a utilização de sebo de carneiro e emprasto de mostarda e angu para expectoração e o uso da clara em neve e pó de breu para "emendar" o braço.

     Luciana trouxe exemplos de saberes bem visuais como a miniatura da engenhoca usada para se obter o caldo de cana, uma polaroid bem antiga, uma boneca de pau curiosa, a agulha de crochê de madeira, uma raridade hoje: um monóculo e o livro Pokrane - da saga dos índios botocudos ao surgimento do arraial de Jonathas Gerry de Oliveira Durço.

     Rita relembrou o uso da folha de banana como fôrma para biscoitos nos fornos a lenha de antigamente.

    Tivemos o esclarecimento do professor Graziany a respeito que o conhecimento deve ser interdisciplinar. Na escola o conhecimento é muito fragmentado, uma prática do método cartesiano. Que a ciência pode tanto ser usada para o bem, quanto ser usada para o mal, depende muito dos outros interesses políticos, econômicos envolvidas na pesquisa científica e está totalmente relacionada com a História.

Um ótimo café da manhã

    Tivemos uma aula prática onde com cartolina e outros materiais deveríamos nos dividir em grupos e montar trabalhos de como trabalhar com saberes populares em sala de aula.

Aengenhoca, a boneca de pau, o monóculo, o livro Pokrane

Nair expondo o trabalho de seu grupo sobre objetos antigos

Rita e a exposição sobre o trabalho de objetos transformados

Joelma e Rosa expondo sobre chás naturais, procedimentos e quantidades adequadas, relação do remédio popular como industrializado.

Adriana e colegas expondo sobre reeducação alimentar, a obesidade, a facilidade dos produtos industrializados e agricultura familiar

Vânia expondo sobre a História de Manhumirim e a construção de uma horta na escola

Luciana e seu grupo abordando o resgate dos saberes populares valorizando o trabalho artesanal através das gerações

Lucinéia, Sandra e Floripes um convite a uma exposição e degustação de chás medicianais

Marilene expondo sobre as várias tecnologias até o processo industrial.

Postado por Sandra Cristina Gomes em 23/06/2012 às 23:25h