quinta-feira, 24 de maio de 2012

A ESCOLA E OS SABERES POPULARES

Quem é que nunca parou pra ouvir uma história contada pelo avô, avó, pai, mãe, ou por uma pessoa mais velha, sobre seus conhecimentos e vivências passadas, mesmo que não tenham eles, formação acadêmica em alguma área do saber?
Pois é, essas histórias exercem um grandioso fascínio sobre as crianças, que percebem nelas, a chance de decifração dos segredos do mundo e uma forma de conhecerem algo novo, que lhes permitam também experimentarem essas aventuras.
Porém, com o passar de alguns anos, especialmente, ao se entrar em contato com os conhecimentos transmitidos pela escola, se inicia um processo que leva o indivíduo a rejeitar e até a desconsiderar os saberes populares, advindos da prática de vida das pessoas que, através do próprio trabalho, os conquistaram e passaram a diante, de geração em geração. E só a aceitar, aquilo que a ciência reconhece e limita a uns poucos privilegiados.
Portanto, com essa atitude, se desperdiça, por pura arrogância, toda uma valiosa sabedoria capaz de, se bem aproveitada, aproximar saberes escolares e populares, transformando o aprendizado em um processo bem mais atraente e visível aos alunos, por considerar toda essa carga de conhecimentos que os alunos trazem do convívio familiar, e poderiam enriquecer esse momento.
Afinal, tudo que se aprende na escola, só faz sentido se contextualizado em situações reais de uso social. Assim sendo, nada mais pertinente do que ouvir aqueles que podem transmitir suas experiências, proporcionando um diálogo maior entre as descobertas científicas e as práticas populares.
Postado por: Maria Luiza Sanglard Malosto

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